domingo, 22 de maio de 2011

Cebola 50 anos

Cebolinha 

Personagem das populares tiras de Mauricio de Sousa. Cebolinha apareceu pela primeira vez em outubro (1) de 1960, como personagem secundário nas tiras diárias em preto e branco de “Bidu e Franjinha”, publicadas no jornal “Folha da Manhã” (atual “Folha de S. Paulo”) (2). 

Conforme explica o próprio autor, “nas tiras do Bidu começou a aparecer um menino de cabelos espetados e que trocava o 'r' pelo 'l' quando falava. Era baseado num garoto de Mogi das Cruzes que jogava bola perto da barbearia do meu pai. E foi meu pai que, observando o menino e seu cabelo parecendo com o alto de uma cebola, começou a chamá-lo de 'Cebolinha'. Peguei daí o nome e parte dos detalhes físicos.” (3)

Nas historietas, Cebolinha tem uns oito anos e vive no bairro paulistano do Limoeiro. Essas primeiras tiras até então circulavam basicamente em São Paulo. Mas quando ganharam sua versão em revista, passaram a ser conhecidas em outros estados. E o próprio Cebolinha foi crescendo em popularidade, desbancando os “titulares” Bidu e Franjinha. O nosso troca-letras se tornou então a figura principal da historinha. E logo foi ganhando seus próprios coadjuvantes. Floquinho, seu estranho cachorro verde da raça “Lhasa Apso”, foi um deles. E, na tira de 21 de março de 1963, contracenando com Cebolinha, surgiu a menina Mônica e seu coelho de pelúcia. E aquela garotinha feia, baixinha e dentuça acabaria por sua vez, desbancando o próprio Cebolinha, tornando-se o carro-chefe do universo “mauriciano”. 

Mas naquele ano de 1963 Cebolinha ainda era o principal personagem de Mauricio. Em 8 de setembro daquele ano, o popular menino dos cabelos espetados ganhou também uma versão em cores, no “Suplemento Folhinha” (encarte da “Folha”). 

Em maio de 1973 Cebola ganhou revista própria, editada pela Abril. Mais tarde, essa revista mudou-se para a editora Globo e hoje é publicada pela Panini. 

Em 2008, Mauricio tomou uma medida ousada: paralelo às HQs infantis do personagem, criou o título “Mônica Jovem”, em estilo semimangá, para o público adolescente. Na nova publicação, a personagem-título e seus amigos aparecem adolescentes, em situações pouco comuns para a revista principal. O Cebolinha (agora Cebola), por exemplo, corrigiu seu célebre problema de fala.

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